sábado, 19 de dezembro de 2009

Como uma "bolinha"

Recusei a porção de batata frita, desisti do salgadinho de queijo, ignorei a empada de frango, mas fitei o bolo de chocolate.Naquela mesma hora ele me fitou também com aquele granulado e a calda que descia lentamente pelas bordas de cor bem marrom, que dava água na boca. Mas, segundos depois, veio o pedido de prazer, pedi aquele delicioso bolo de chocolate e quando foi a hora feliz e deliciosa de partir, tive pena. Estava tão bonito, mas, a fome não resistiu, cortei e devorei... Assim como nunca pensei que escreveria sobre meu pior defeito: ser exatamente o reflexo de tudo o que eu como.
Eu sempre fui uma bolinha, porém sorridente. Fartava-me de salgadinhos nas festas de aniversário e dos inúmeros tipos de doce que havia na estante da casa da minha avó. E achava o máximo, já que naquela época eu não me importava com os meus pneuzinhos. Com o passar do tempo, ser uma bolinha passou a ser sinônimo de obesidade, eliminando qualquer vestígio de "fofura".
Hoje, eu não sou exatamente uma bolinha, mas sou quase. Permanecem em mim muitos costumes que me transformariam novamente em uma menina bem, digamos, redonda. Se bem que se eu fosse mesmo tudo o que como, levando ao pé da letra, eu seria um quindim, um copo de coca-cola bem gelado, um sundae de chocolate ou até mesmo uma pizza de quatro queijos. Sabem como é, lotada de calorias, mas redondamente deliciosa

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